Por que criar um blog?

São 2h45 de domingo, ou melhor, de segunda-feira e cá estou eu criando e escrevendo um blog. Não sei o que me trouxe aqui, na verdade, no fundo, bem lá no fundo a gente sabe o que faz a gente feliz, às vezes só demora um pouco para aceitar! Sempre acompanhei alguns blogs, mesmo que fosse quase impossível que eu comentasse, eu fazia meus comentários mentais, sorria, me entristecia e torcia por muitas pessoas e histórias. Confesso que adquiri este hábito de ler blogs depois que fiquei noiva, pois pode não parecer, mas noiva é bicho esquisito, sente dúvida e uma angústia infinita, sofre de medos horroroooosos, tem pesadelos e trocentas coisas doidas que só sabe quem passa por isso. E por meio dos blogs percebemos que não estamos sozinhas, que todo mundo sofre das mesmas inquietações.

E eu, que quase sempre não fui normal, até porque pensa numa pessoa que amava contos de fadas, que é super romântica e que sempre sonhou em ter uma casamento de princesa e que, quando, finalmente, o até então namorado, que já estava junto há quase 6 anos, resolve tocar no assunto casamento, ela se desespera e chora copiosamente no banco de uma praça. Sim, isto aconteceu comigo. Me lembro como se fosse ontem (e olha que já tem um ano - eu acho)  do desespero que senti. Fomos tomar sorvete na praça, sentamos numa mesinha, dessas de jogar dama, e eu tinha tido alguns problemas com a minha mãe, comentei com ele, falei que ela sugeriu que casássemos, na esperança de ele concordar comigo que a ideia era absurda. Mas, não. Ele ficou radiante e eu estarrecida. Eu usava todos os meus argumentos, dizendo que não teríamos como casar, que não íamos ter dinheiro, que não daria certo. E ele quebrava todos. Eu dizia: não dá, e ele: dá sim. Até que me rendi: tá bom. E, em seguida, chorei feito criança desmamada. E posso garantir que não era de felicidade, não sei o que me deu. Tivemos que sair do banco, temi que alguém batesse nele pensando que ele tinha me ofendido ou agredido, mas não...ele só tinha dito que queria passar o resto de sua vida comigo.

O pior foi contar para as amigas e para a família. Mandei mensagem para as duas amigas mais íntimas e falei que precisava falar com elas urgentemente e que era muito importante. Elas se desesperaram  e marcaram logo no mesmo dia. Cheguei e foi o mesmo drama, elas apreensivas e eu apavorada, mal tinha dormido. Contei a novidade gaguejando e de cabeça baixa. Elas sorriram e gritaram e eu chorei copiosamente mais uma vez....

Enfim, passado o desespero inicial, vieram outros desesperos. Mas isso é assunto para outro post. Depois contarei também sobre os fornecedores do nosso casamento e como está sendo organizá-lo.

beijos!!